Tive uma cachorra doberman muito mansa, andava na rua com ela solta, se algum outro cachorro avançasse nela, a "chocolate" não revidava, saia de mansinho. Nunca avançava em nada, ou quase nada. Quando ela ouvia um barulho de skate, ficava feroz, não com o skatista e sim com a prancha, então partia para dentro do skate e óbvio que o que vinha sobre o board, ao ver um doberman em sua direção, esquecia o skate e corria para cima de um carro, ou o que estivesse mais próximo de seu alcance, enquanto isso "chocolate" não parava de rosnar e morder com muita vontade o skate, pois era incompreensível essa fúria de uma doberman muito mansa, com a prancha desse esporte radical.
Um dia o SENHOR revela-me o porquê de tanta fúria: "Esse esporte vem lá do inferno, por isso que ela tanto odeia o skate". Foi o SENHOR quem me deu Chocolate com aproximadamente três anos, mendigava numa comunidade, magra, cheia de feridas e maus tratos. Soube que uma mulher por não gostar dela, certa vez jogou uma panela de água fervendo sobre a cachorra quando dormia junto ao seu muro e de outra ocasião que os meninos do tráfico não gostavam dela e então colocaram chumbinho em pedaços de frango e deram para o animal. A mesma cheirava e não comia mesmo morta de fome e como ela gostava de triturar uma galinha crua ou assada, frita, cozida, como viesse, ela lambia os beiços. Ficou comigo cinco anos morrendo nova ainda de hepatite, deixou saudades, pois fazia parte da família.
Esta matéria "A proibição do Skate nas ruas de São Paulo" que vem a seguir (após o futebol), lembrou-me da "chocolate" e deixo para apreciação espiritual ou secular.
FUTEBOL
Aos que pensam que Deus não abomina o futebol, que contém ídolos, brigas, xingamentos, mortes, tragédias, adorações, paixões... E muitos colocam o futebol em primeiríssimo lugar. Onde o Santo de Israel se encaixa nessas aberrações? Sem falar jogadores que se esfregam e se agarram a cada gol ou ao término de cada vitória. Homem que é homem não se joga em cima um dos outros a se esfregar com calorosos e estranhos aconchegos. Alguns desses ídolos freqüentam a noite e além de serem casados preferem à companhia de travestis. E muitos que se dizem crentes, sim são da igreja do deus que o mundo fez e não do Deus que fez o mundo. Não precisa dizer que a diferença é da água para o vinho. Ver todo capítulo de Romanos 1.
Romanos 1
25 | Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. |
26 | Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. |
27 | E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. |
28 | E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; |
Qual é a criança que desde pequenina já adora seu time, seu jogador predileto e que não pensa em outra coisa, a não ser jogar no amanhã? Quase a totalidade delas, até mulher já domina esse esporte e times de futebol para garotas, como boxe para mulheres, muitas sonham em ser modelo, atriz e o inverso agora: Quantas delas são criadas no temor e tremor do evangelho? Quantas delas quando crescer deseja ser pastor, servo (a); missionário (a) do Santo de Israel? “E Deus diz que só tem compromisso com quem tem compromisso com Ele”. A TV e seus programas sem qualidade afastam a população de situações estimulantes e conseguem assim deixá-la adormecida. Efésios 5.14.Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.
Na boca do mundo e de muitos que brincam de crentes o nome de Deus é pronunciado a torto e a direito em vão.1 João 2:15
Mateus 13:43
Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Lucas 14:35
Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
A Proibição do Skate nas ruas de São Paulo: De Jânio Quadros a Adolfo Quintas (RACHEL BELO)
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A Proibição do Skate nas ruas de São Paulo: De Jânio Quadros a Adolfo Quintas (RACHEL BELO) |
Rachel Vieira Belo de AZEVEDO[1]
Faculdade Armando Alvares Penteado, São Paulo, SP
RESUMO
O skate tem uma história das proibições, desde 1988, quando o então prefeito Jânio Quadros proibiu a prática do skate no Parque Ibirapuera, o principal parque usados pelos skatistas na época. O estudo traz um pouco da história do surgimento e evolução do esporte na sua raiz – Estados Unidos – e no Brasil e como, mesmo perante diversos obstáculos, o mesmo conseguiu se desenvolver, criando diversos campeões mundiais e atingindo o segundo lugar entre os esporte mais praticados no país.
PALAVRAS-CHAVE: skate; proibição; contra-cultura; São Paulo; Jânio Quadros; Z-boys; surfe
Califórnia – Estados Unidos da América
É impossível falar da evolução do skate de um passatempo considerado de arruaceiros – cabível de proibições – para um esporte profissional, que faz circular milhões de dólares e cresce a cada momento, sem entender o nascimento do skate.
Não há registros de quando oficialmente o skate nasceu na Califórnia, ainda no início dos nos anos 60. O “surfinho” como era chamado naquela época era, na verdade, um arranjo de pranchas velhas e rodas de patins usados pelos surfistas – esporte que estava em alta nas cidades californianas – em dias sem ondas.
É interessante notar que em muito pouco tempo, porém, o skate já agregava seu próprio grupo e em 1965 já se fabricavam os primeiros boards industriais e esqueletos dos primeiros campeonatos começam a aparecer.
Se tudo no skate acontecia de forma rápida, o mesmo se deu com a ‘primeira morte’ do esporte. Após apenas quatro edições a principal publicação sobre o assunto no exterior, chamada The Quarterly Skateboarder, cessou a publicação, que só voltou em 1975 [de forma bimestral] na época que o esporte ressurgia, graças principalmente ao Z Boys, sobre os quais se escreverá mais para frente.
É relevante, porém, notar que já no primeiro editorial da revista o editor John Severson escreveu:
“Os skatistas de hoje são os fundadores desse esporte – eles são pioneiros -, os primeiros. Não há uma história do Skate – isso está sendo feito agora, por vocês. O esporte está sendo moldado e devemos acreditar que fazendo o certo agora iremos plantar um futuro brilhante para esse esporte. Já há tempestades no nosso horizonte, com inimigos do esporte falando sobre proibições e restrições.[2]
Não muito tempo depois, as nuvens negras descritas por Severson alcançaram os skatistas. A proibição chegou a diversos estados americanos e ao final de ano de 1965 – paradoxalmente o mesmo ano em que se começou a fabricação dos skates industriais – a prática do skate nos EUA era quase nula e a The Quartely Skateboarder fechava, para abrir novamente apenas no final de 1975, sendo publicada bimestralmente.
Entre 1965 e 1975, porém, muita coisa aconteceu e o skate que ressurgiu nos anos 70 era totalmente diferente do “surfinho” dos anos 60. Com o racionamento de água que atingia os Estados Unidos, quando muitos moradores do estado da Califórnia esvaziavam suas piscinas, não demorou muito para um grupo de garotos descobrir que aquelas construções ovais eram o espaço perfeito para os dias sem onda.
Z-Boys
No meado dos anos 70 o skate vivia, então, a sua pior fase, com proibições e a decadência no número de praticantes, além do fechamento das pistas e das poucas revistas especializadas.
Foi quando, então, um grupo de garotos humildes começou a invadir as piscinas – nem sempre – abandonadas por famílias ricas, revolucionando o formato do esporte.
Jay Adams, Tony Alva, Bob Biniak, Chris Cahill, Paul Constantineau, Shogo Kubo, Jim muir, Peggy Oki [a única mulher do grupo], Stacy Peralta, Nathan Pratt, Wentzle Ruml IV e Allen Sarlo foram rapidamente adotados pelo dona da loja Zephyr, conhecido como Skip.[3]
Ao mesmo tempo em que os Z [Zephyr] Boys nasciam, o engenheiro químico Frank Nashworthy criou o uretano, material mais resistente, usado na fabricação das rodinhas de skate. Rapidamente, a Zephyr Competition Team invadia as poucas competições que ainda aconteciam em alguns bairros dos Estados Unidos.
Dominadas por “garotos ricos”, as competições seguiam os parâmetros do downhill [skate praticado em ladeiras, como já citado aqui] dominava a cena do skate. A invasão dos Z Boys mudaria isso, criando o skate como conhecemos hoje.
“[...] foi exatamente do surf que veio a inovação do Zephir Team, como os slides de 180º com a mão no chão executados por Jay Adams numa seção de freestyle de um torneio nacional de skate, que causou silêncio e risadas de incompreensão em seus concorrentes, que faziam mais manobras verticais e circenses, como plantar bananeira e andar com uma perna só.”
Foi durante essa época que os meninos loiros dos subúrbios californianos levaram para as ladeiras manobras que eles aprendiam nas piscinas abandonadas; eram o Wall Ride [manobras em paredes] e o Pool Ride [modalidade feita nas tais piscinas]. Mais do que isso, com essa mistura nasciam ali os aéreos [ainda populares tanto no skate como no surfe] e os primeiros passos do skate vertical [praticado nos half pipes em forma de U].
Se Stacy Peralta e companhia mudavam as modalidades e manobras em cima da prancha com quatro rodinhas, aqueles garotos “rebeldes” mudaram, também, a chamada subcultura do skate.
Apesar de só terem surgido quase dez anos do nascimento do “surfinho”, os Z Boys ainda são vistos como pais do skate moderno e, sem dúvida, os maiores influenciadores do esporte que conhecemos hoje, já que foram os primeiros a formar uma equipe profissional para viajar atrás de campeonatos que vivia, inclusive financeiramente, disso.
A história dos Z Boys se confunde com a história do skate moderno, nascendo e se desenvolvendo juntamente com o nascimento de marcas especializadas e lojas de equipamento.
Compreender as primeiras proibições do skate e a forma como o esporte moderno surgiu – através de piscinas abandonas e a invasão do subúrbio em um esporte, até então, dominado pela classe média californiana – é fundamental para entender o que aconteceu no Brasil anos mais tarde.
Estado de São Paulo – Brasil
Foi quando a Califórnia já vivia a invasão das piscinas e dos Z Boys que o skate downhill chegou às ladeiras de São Paulo.
Em 1974, os skatistas começaram a procurar ladeiras com um bom asfalto. Foi assim que chegaram à Rua Queiroz Guimarães, que tinha o apelido de “tapetão”entre os praticantes do esporte. [...] Mas logo começaram a ocorrer acidentes, tombos com graves conseqüências e a aglomeração de muitos jovens num mesmo local. Esses fatos contribuição para provocar as primeiras das muitas coibições que esta atividade ainda teria em sua história. Após ter “feito a cabeça” de muitos jovens, o skate foi proibido na cidade em 1975.[4]
A razão para a proibição resultava de um crescimento desordenado do esporte no Brasil. Influenciados pelo que acontecia nos Estados Unidos, centenas de jovens se aglomeravam nas ladeiras do bairro do Morumbi. As condições brasileiras, no entanto, eram similares ao skate dos anos 60 americanos. Equipamentos, rodinhas, shapes e, até mesmo, as manobras eram extremamente primárias e sem segurança.
Somando isso às ladeiras paulistas, as conseqüências eram alarmantes. “Deu muito acidente, morreu gente, o skate era muito pequeno,”[5] explica Bruno Brown, um dos skatistas daquela época.
A primeira proibição do skate na cidade de São Paulo talvez tenha sido a mais coerente, devido aos graves acidentes e à falta de segurança no amadorismo do esporte no Brasil. Ele foi, porém, também a mais violenta contra os jovens praticantes.
Os skatistas eram constantemente abordados e ameaçados por policiais armados com armas engatilhadas, fossem eles homens, mulheres ou crianças. Foi o jornalista Luiz Carlos Azevedo, da revista Manchete, que descreveu as ameaças sofridas pelos praticantes do skate.
A denominação do skate como o “esporte assassino[6]” – como descrevia a manchete do jornal Estado de São Paulo, em 1975 – assustava, mas foi graças às proibições de 75 que foram criadas as ruas do lazer, espaços fechados para a prática esportiva nos finais de semana. Rapidamente, as ruas do lazer viraram as ruas do skate.
Ainda engatinhando no esporte e tendo que lidar com as proibições, os skatistas viram nascer em 1977 a Wave Par, uma pista construída no bairro de Santo Amaro, que trouxe mais do que um local para a pratica do skate; trouxe, também, uma popularidade maior ao esporte, já que os acidentes diminuíram no mesmo progresso que a organização chegava ao skate brasileiro.
Se nos anos 70, porém, o skate herdava os movimentos e cultura do surfe californiano – inclusive a parte ruim disso, como, por exemplo, a fama de maconheiros e arruaceiros[7] –, no inicio dos anos 80 chega ao Brasil a transição do downhill para as ruas.
A modalidade street, no entanto, não muda apenas a forma de se andar de skate. Há uma reformulação, também, na subcultura das quatro rodinhas. Influenciadoa pelo punk, calças rasgadas e descoloridas, camiseta de banda e braceletes dominavam o visual dos skatistas de todo mundo.
Em cima do shape, os praticantes se afastavam cada vez mais das manobras slides – herdadas do surfe – e das ruas fechadas para chegarem às manobras que interagiam com os obstáculos encontrados em qualquer lugar da cidade, fossem corrimões, escadas, bancos, guias ou paredes.
Depois de algum tempo, o visual agressivo, o comportamento rebelde e a utilização do urbanismo de maneira pouco usual começaram a incomodar os transeuntes e a população da capital paulista. É assim, então, que o skate brasileiro sofre seu segundo período de proibição.
A segunda proibição – Jânio Quadros 1988
Em 1988 o Parque do Ibirapuera – na capital paulista – vivia uma guerra entre as famílias que frequentavam o local e os skatistas que, ainda, descobriam a utilidade daqueles obstáculos urbanos e asfalto liso do parque.
Entre os próprios skatistas também havia uma guerra ocorrendo, entre diferentes grupos oriundos de diversos lugares da cidade e com diferentes backgrounds. Havia os filhinhos de papai, os largados do ABC – que tinham um pista quebrada e se moldavam a ela inclusive em comportamento – e aqueles que seguiam o visual e comportamento punk da época.
Insatisfeito com as reclamações contra os skatistas e as aventuras dos praticantes no espaço urbano, o então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros, proibiu a prática do skate no Parque Ibirapuera.
Pela primeira vez, skatistas de todos os backgrounds se uniam em uma causa maior: uma manifestação contra a proibição, que seguia desde o centro da cidade até o Parque. A revista Overall – principal publicação especializada da época – lançou o jargão “Skate não é crime” e skatistas de todas as idades gritavam pela cidade: Queremos o Ibira[8].
O jornal Folha de São Paulo fazia uma grande cobertura dos fatos e chegou ao Ibirapuera antes mesmo dos manifestantes. Ao tomar conhecimento da situação que se aproximava através dos repórteres do jornal, o governo fechou as portas do parque antes mesmo que o grupo chegasse lá.
No filme Vida Sobre Rodas, Márcio Tanabe conta que “quando a gente chegou lá, já estava tudo fechado. Foi quando, então, o Jânio falou: Proíbo o skate não só no Parque Ibirapuera, mas em toda São Paulo.”[9]
Foi apenas com a eleição da prefeita Luiz Erundina, em 1989, que a prática do skate foi legalizada novamente em São Paulo. Com a eleição do presidente Fernando Collor em 1990, no entanto, a legalização do esporte na capital paulista era o que menos preocupava os praticantes da época.
Noruega, Collor, migração, rampas particulares e o sucesso da geração 1980
Não era apenas no Brasil e nos Estados Unidos que o skate enfrentava proibições. Na Noruega, entre 1978 e 1989, o esporte também passava por coibições. Nesse período era proibida a posse e, até mesmo, a venda das pranchas.
A justificativa na Noruega era a mesma que chegou ao Brasil na primeira e na segunda lei proibitiva: o elevado número de ferimentos e acidentes. No entanto, no país escandinavo – assim como no Brasil – os praticantes do skate buscavam alternativas, com rampas construídas nas florestas ou outras áreas isoladas.
Tal migração para as rampas fechadas e particulares foi a mesma reação que se vê no Brasil. O “street estava morto” e os praticantes não tinham mais onde praticar o esporte. A proibição em São Paulo já havia sido revogada, mas uma crise econômica atingia o país depois do então presidente Collor congelar as poupanças da população e, consequentemente, quebrar muitas industrias de um esporte que ainda engatinhava no Brasil.
Nesse período, as pistas espalhadas por São Paulo – como a de São Bernardo do Campo – mudaram a cara do skate brasileiro, que saia das ruas para ser praticado em bowls e rampas verticais. Essa migração foi, sem dúvida, a primeira mudança necessária para o desenvolvimento do skate brasileiro atual.
Foi, então, que os pais de muitos meninos fizeram o possível e o impossível para agradar os filhos e os incentivaram a continuar no esporte. Um grande exemplo disso foi o “Seu Nelson”, pai de Cristiano Mateus.[10] Cristiano pediu uma pista de skate de aniversário e “Seu Nelson” construiu, então, a Ultra [nome da loja de pisos e acabamentos da família] em um galpão da empresa.
A Ultra foi, nos meados dos anos 80, o principal local para a prática do skate vertical na cidade de São Paulo – e assim continuou até a situação econômica do país piorar crescentemente e o galpão da Ultra precisar ser alugado e a pista desmontada – e ali nasceram o próprio Cristiano Mateus, Bob Burnquist [que dropou pela primeira vez na vida no galpão da Ultra], Lincoln Ueda e Sandro Dias [que vinha da, ainda, sobrevivente pista de São Bernardo].
Segundo mais popular
Os obstáculos para a prática do skate no Brasil, no entanto, não acaba com a “prefeita que ama o skate”. Mesmo depois da liberação do esporte no Brasil em 1990, o esporte continuou a enfrentar preconceitos e dificuldades para se estabelecer como modalidade esportiva.
Uma frase do multi-campeão Bob Burnquist, no entanto, descreve bem a maneira como o skate superou e tirou proveito de cada um desses obstáculos que lhe foi colocado. “Acho que, no final, só temos a agradecer ao Jânio Quadros”.[11]
Foram necessárias duas proibições e poupanças congeladas para que o skate do Brasil se tornasse profissional como ele é hoje. A imigração dos atletas brasileiros para os Estados Unidos durante a crise econômica brasileira na Era Collor provou o que cada um desses atletas é capaz. Esta criada uma identidade do skate brasileiros, totalmente profissional e vencedora.
“É muito legal ver que eles tem algo que os identificam como brasileiros quando eles andam em cima do skate,[12]” conclui Tony Hawk, considerado um dos mais relevantes skatistas do mundo.
Essa identidade continua a crescer nas ruas de diversas cidades do país. Um longo caminho foi percorrido desde as mortes na Rua Queiroz Guimarães até os primeiros skatistas profissionais de carteira assinada – os atletas da Freeday, em 2008 – mas foi um caminho que levou o skate ao posto de segundo esporte mais praticado no Brasil.
REFERÊNCIAS
BOLOTA, Fábio. Anos 80. In BRITTO, E. (org.). A Onda é Dura: 3 Décadas de Skate no Brasil. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.
BRANDÃO, Leonardo. Corpos deslizantes, corpos desviantes: a prática do skate e suas representações no espaço urbano (1972-1989). 2007. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados.
BRANDÃO, Leonardo. Rodinhas duradouras. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 54, março de 2010.
BRITO, Eduardo. Onda Dura. São Paulo: Parada Inglesa, 2000.
FERNANDES, Adriana. A História do Skate. Disponível em: http://360graus.terra.com.br/skate/default.asp?did=2080&action=historia
SEVERSON, John. Editorial. The Quartely Skateboarder. V. 1, N. 1, 1964.
Filmes
VIDA Sobre Rodas. Distribuidora Buena Vista International. São Paulo: 2010.
DOGTOWN and Z-Boys. Produção Agi Orsi. EUA: Agi Orsk Productions, Vans Off The Wall distribuidoras, 2001.
Sites
http://www.skatesolidario.org.br/
[1] Pós graduanda do Curso Especialização em Jornalismo Esportivo na FAAP-SP, email: rachelbelo@gmail.com .
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